07/12/2012 17h00 - Atualizado em 03/06/2013 21h51

Rock in Rio anuncia Avenged Sevenfold no dia do Iron Maiden

Banda americana de hard rock vem pela quarta vez ao Brasil.
Em entrevista ao G1, vocalista diz tocar para quem 'tem paixão por metal'.

Braulio LorentzDo G1, em São Paulo

Após tocar no Brasil em 2008, 2010 e 2011, o Avenged Sevenfold confirmou seu próximo show por aqui. O grupo de hard rock americano foi anunciado como atração do Rock in Rio e vai tocar no "dia do metal", em 22 de setembro, com o Iron Maiden encabeçando a escalação.

Em entrevista ao G1, o vocalista do Avenged revela que até o festival já terão lançado mais um disco. Será o sexto da carreira, iniciada em 1999. Mas isso não vai mudar totalmente o repertório, já aprovado por brasileiros que se enfiaram em uma camisa preta e foram assistir ao quinteto em uma das turnês anteriores . "Vamos tocar o que o público quiser ouvir. Se o novo disco for do interesse deles, tocaremos... Se só quiserem ouvir coisa antiga, vamos só tocar coisa antiga", conta Matthew Sanders, mais conhecido pelo codinome M. Shadows. Veja os principais trechos da entrevista feita por telefone:

G1 - Vocês vão tocar com o Iron Maiden. Gostam? Há fãs em comum?
M. Shadows -
Eu amo Iron Maiden. Já fizemos algumas turnês com eles pela Europa. Somos parte daquele caso em que cada um tem sua base de fãs específica, mas tem muita gente que gosta das duas bandas. Quem tem paixão por metal gosta deste tipo de som. Não vejo a hora de fazer parte deste festival. Para nossa sorte, sei que os fãs brasileiros de Iron Maiden gostam das nossas músicas.

O vocalista do Avenged Sevenfold (Foto: Daigo Oliva/G1)O vocalista do Avenged Sevenfold durante show da banda no Brasil em 2010 (Foto: Daigo Oliva/G1)

G1 - Nesta quarta vinda à América do Sul, vocês tocarão apenas no Rock in Rio ou existem chances de shows em outras cidades?
M. Shadows -
Já estamos conversando com Metallica e Iron Maiden para saber o que eles vão fazer antes e depois do Rock in Rio. Então, existe chance de aproveitar a descida e fazer pelo menos mais dois shows. Ainda estamos vendo isso...

G1 - Depois de The Rev (morto em 2009 por overdose acidental) e Mike Portnoy (ex-Dream Theater), Arin Ilejayfoi chamado. É um baterista novo, de 24 anos. Agora que ele já está na banda faz tempo, sente que chegou ao patamar de Rev e Mike?
M. Shadows -
Rev era um fenômeno. Ele sempre tinha a batida e o tempo certo para cada música. E ele também era compositor, um cantor brilhante... Mike é uma lenda da bateria, é um músico incrível. Arin foi uma aposta nossa, era um jovem rapaz. Ele vem se saindo muito bem. Ele pode tocar qualquer tipo de rock pesado. Quando formos para o Rock in Rio, já teremos lançado um novo disco. Arin vai estar ainda mais solto.

G1 - Vocês vão misturar novas músicas e antigas, ou mais do disco novo?
M. Shadows -
Vamos tocar o que o público quiser ouvir. Se o novo disco for do interesse deles, tocaremos... Se só quiserem ouvir coisa antiga, vamos só tocar coisa antiga [Risos] Não ficamos presos a um plano. O novo disco ainda está em estágio embrionário. Só temos bases, não há sequer letras. Estamos tentando juntar os pedaços.

Avenged Sevenfold (Foto: Daigo Oliva/G1)Avenged Sevenfold, liderado por Shadows, vem pela quarta vez ao Brasil (Foto: Daigo Oliva/G1)

G1 - Vocês já chegaram ao topo da lista de discos mais vendidos nos Estados Unidos. Como fazer para ser popular sem fazer música pop?
M. Shadows - É possível, e não somos o único exemplo. Iron Maiden e Metallica são duas das maiores bandas de todos os tempos e passam longe do pop. Pantera foi bem nas paradas e tem um dos discos mais vendidos de todos os tempos. Você tem que consolidar um fã-clube, tem que saber fazer um bom trabalho na cena alternativa e depois saber crescer. Ouvintes de música pop não vão comprar nossos discos. Só queremos tocar rock pesado.

G1 - Há seis anos, vocês bateram Rihanna e Chris Brown no MTV Music Awards, quando ganharam Artista Revelação. Como foi aquela noite? Hoje, é mais difícil para um artista do rock conseguir um feito como esse?
M. Shadows - Naqueles tempos, ganhar era bastante importante para nós. Hoje, tocar em um festival com Iron Maiden e Metallica significa mais para mim do que ganhar prêmio na MTV. Antes, o rock tinha a força que a música pop tem hoje. Temos que continuar fazendo o que fazemos, sem importar com o que está na parada. Modas vêm e vão.

G1 - Todos da banda usam nomes artísticos. Por que escolher apelidos?
M. Shadows -
[Risos] Nós éramos fãs de músicos e vários deles tinham apelidos, como o Slash, por exemplo. Éramos bem novos, criamos nomes diferentes e daí a ideia pegou. É algo divertido, faz parte do universo do rock...Escrever e tocar é a prioridade, claro. Vamos ficando velhos e cada vez menos nos importamos com a imagem que a banda tem.

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