Pantanal

Comunidade ribeirinha sofre com duras consequências do pior período de incêndios enfrentados na região nas últimas décadas.
Especialistas apontam que situação do bioma melhorou nas últimas semanas. Porém, ainda há regiões que enfrentam fortes incêndios e causam preocupação.
Ambientalistas descrevem à BBC News Brasil cenário de completa destruição de bioma; mais de 25% da maior planície alagável do mundo já foram consumidos pelo fogo, mostram imagens de satélite.
Recorde foi batido a 3 dias do fim do mês. Número mais alto anterior para o mês era de 2002, quando foram registrados 2.761 pontos de fogo no bioma. Polícia investiga origem criminosa após encontrar indícios de relação do fogo com fazendas.
Níveis dos rios no bioma pantaneiro só deverão voltar ao normal no fim do ano. Tanto o Pantanal quanto a Amazônia têm altas históricas em focos de fogo; Ibama anunciou retirada das brigadas de incêndios florestais.
Vice-presidente Hamilton Mourão, chefe de conselho da Amazônia, disse que vai conversar com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Decisão ocorre em meio a seca histórica no Pantanal.
Segundo pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais, análise descarta teoria de que uma maior quantidade de cabeças de gado pode impedir o fogo; mas isso não significa que os animais sejam uma causa única das queimadas atuais. Números apontam que é falha a tese do 'boi bombeiro', defendida pelos ministros Ricardo Salles e Tereza Cristina.
Número também é maior do que o total de focos registrados para o mês no ano passado. Único registro mais alto foi em outubro de 2002, quando houve 2.761 pontos de incêndio no bioma.
Gado pantaneiro tem função importante para evitar o avanço das queimadas. Mas não o suficiente para evitar a tragédia deste ano - que começou com focos de incêndio dentro de grandes fazendas.
Ministro do Meio Ambiente afirmou que cabe ao governo federal guardar 902 mil dos 15 milhões de hectares do bioma.